sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

O nosso Calendário do Advento simplificado; votos de um Feliz Natal; uma história verdadeira de Natal.

O nosso calendário do Advento simplificado:

No dia 1 - acordámos com um cavalinho de madeira pendurado na cama. Trouxe com ele um recado do Pai Natal: é dia de fazer a árvore de Natal.
No Dia 2 - deixaram-nos um livro que fala, sem conservadorismos e com humor, do nascimento do Menino Jesus, dos Reis Magos e da prenda que o Pai Natal ofereceu ao Menino Jesus. 
No dia 3 - a madrinha trouxe-nos um convite para irmos ao circo. O meu coração dividiu-se: por um lado a alegria e a nostalgia em recordar o circo da minha infância no Coliseu de Lisboa (ia todos os anos através da empresa do meu pai); por outro a minha posição contra a existência de animais em contexto circense. Fui à procura, na página de facebook do circo, se tinham alguma coisa a escrever sobre este assunto. Encontrei o que procurava. Ainda assim, é algo que me incomoda. Mas fomos, ele gostou e eu gostei com ele. Viu leões, elefantes, cães, cavalos, palhaços, trapezistas, motas (novidade para mim). Quando questionado acerca da 1.ª ida ao circo, a resposta foi quase sempre a mesma: vi o elefante a fazer cocó e os senhores foram a correr limpar. E é isto: o animal sem privacidade e o meu filho, com tanta coisa para relatar/recordar, guardou esta imagem.
No dia 5 - sem ninguém pedir, encomendar ou desejar, fomos invadidos por um bando de pintas comichosas: Varicela.
No dia 12 - o pai Natal e os Elfos passaram lá por casa e deixaram um enfeite na nossa porta: uma árvore de Natal e um Pai Natal de madeira.
No dia 16 - recebemos um livro que fala do nascimento do Menino Jesus, este mais adequado à idade do miúdo, já que o outro teve de ser bastante resumido por nós.
No dia 17 - foi dia de separar brinquedos para oferecer a outras crianças. O primeiro "brinquedo" que ele escolheu para oferecer foi uma etiqueta de papel que estava na arca dos brinquedos: Mãe, olha, oferece isto... Isto vai lá, talvez demore mais tempo do que eu estava à espera, mas vai lá. Já decidi que vou dar muitos brinquedos sem o consentimento do miúdo, mas gostava que ele escolhesse, pelo menos, 1 ou 2. Temos até dia 22/23 de Dezembro.
No dia 18 - o objetivo era ir ver o Pai Natal ao Castelo de uma terra vizinha e ir ao Ikea comprar cadeiras (tinha tanta vontade de aproveitar a folga do pai, depois de várias semanas sem folga ao fim de semana, para fazer compras... nem imaginam!). Chegámos ao castelo com o miúdo a dormir. Rumámos ao Ikea e encontrámos o Pai Natal, mas o miúdo não quis conversas com ele. Que "passeio de Natal" tão sem sal. Valeu estarmos juntos! Foi dia de enfeitarmos uma árvore de Natal para a escola. Não correu como o planeado, uma vez que fiz quase tudo sozinha. Era suposto fazermos em conjunto: o miúdo ainda me ajudou numa pequeníssima parte logo no início; eu e o pai discutimos por causa de cola, algodão e papéis. Discussões matrimoniais normais, portanto.
No dia 19 - chegou-nos um recado de que iríamos receber gradualmente as figuras do  nosso primeiro presépio: hoje chegou o anjo e o cenário com a estrela. Ele chama-lhe espetáculo.
No dia 20 - chegou o pastor, chegaram as ovelhas e a árvore. Ele vai ser um dos pastores na festa de Natal, foi uma forma de valorizarmos a personagem e de nos envolvermos. O recado que nos deixaram diz que faltam 4 dias para a noite de Natal!
Ele diz que pode pedir dois brinquedos ao Pai Natal: quer um carro dos bombeiros do Mickey super rápido e um carro grande super rápido.
No dia 21 - neste primeiro dia de Inverno, chegou Maria e chegou José. O Pai Natal já sabe que ele vai ser o pastor. Depois de me ouvir ler o recado, disse para o papel: Pai Natal, quero ser o Rei Mago verde... dia de lhe explicar que nem sempre conseguimos o que queremos. Faltam 3 dias para a noite de Natal!
No dia 22 - foi a festa de Natal na escola. De manhã disse-lhe para se divertir na festa com os amigos, disse que iria vê-lo, beijei-o no rosto e saí para trabalhar a pensar que ele queria ser o Rei Mago - há umas semanas disse-me exatamente o contrário, que não queria ser o Rei Mago; agora acha-lhe graça por causa da vestimenta verde; adora a cor verde.
Na plateia esteve muita gente a aplaudi-lo: eu e o pai, os 3 avós, a prima, a madrinha e a tia (que não viram a sua atuação, mas estiveram lá) e o tio. Emocionei-me quando vi aquela "pessoinha" em cima do palco, quando o vi interagir com os seus pares, quando confirmei o seu jeito inquieto, quando o ouvi dizer o seu nome ao microfone sem vergonha, quando testemunhei a disponibilidade dele para dizer o nome dos amigos que estavam mais envergonhados, quando li nos seus lábios perguntar pela mamã (estava logo na segunda fila). Gostei tanto de ver o meu filho crescer mais um bocadinho.
Na ida para casa disse-me: temos de ver se o Pai Natal deixou alguma coisa do presépio. Gosto mesmo das encenações que fazemos alusivas a esta época. Faltam 2 dias para a noite de Natal!
No dia 23 - chegou a manjedoura do Menino Jesus de manhã. Dia de oferecer os brinquedos que separámos. Falta 1 dia para a noite de Natal.
De 24 para dia 25 - será Natal. Nascerá o Menino Jesus, ele encontra-lo-á no dia 25 de manhã com o cavalinho de pau debaixo da árvore (ou no dia 24 à noite na casa da avó, ainda não decidi). Nesta história, os três Reis Magos não se atrasam (não é possível protelar até ao dia 6 de Janeiro; dia 23 de manhã disse-me que estava farto de esperar...), chegarão com o Menino Jesus.

O nosso presépio:



Feliz Natal!
Este Natal, bem como o ano inteiro, desejo que todos tenhamos saúde amorpazharmonia alegria. É uma frase feita, mas acho que nunca a escrevi de forma tão sentida. Desejo para nós e para o mundo o que desejei o ano passado.
Temos o direito e o dever de aproveitar tudo o que temos. E a verdade é que tudo o que temos é muito!


Uma história verdadeira deste Natal que gostava de partilhar:
Uma pessoa com quem trabalho deixou-me um envelope com um postal de Natal no qual relata que este ano não oferecerá prendas a ninguém. O valor das prendas que ofereceria será para duas famílias carenciadas que ela acompanha e que necessitam bastante de ajuda. Quando for entregar o dinheiro/as prendas dirá que fui eu, a Maria, a Clara, a Madalena, o Pedro, a Helena, o José, o Daniel (nomes fictícios) que ofereceram.
Para além de lhe agradecer, para além de ficar sensibilizada e emocionada (choro por tudo e por nada, deve ser da época), respondi que quero contribuir com algo mais. Tal como eu, outras pessoas juntaram-se a esta causa. É o chamado efeito dominó: ela "empurrou" a primeira peça, as outras vão por arrasto.
Há pouco mais de um ano escrevi sobre um "pequeno projeto pessoal" que gostava de por em prática. Fiz algumas coisas, como contribuições específicas e pontuais em causas que me tocaram especialmente, mas não o fiz como queria. Quero mesmo fazer uma coisa com significado para mim e para alguém todos os meses no próximo ano. É uma das minhas intenções para 2017. Tenho a sensação de que 2017 vai ser um excelente ano! 

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