segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Não é por ser meu filho...

Claro que é por ser meu filho. Se não fosse meu filho, este texto não era meu. É por ser meu filho que tudo o que ele faz tem tanta importância, é tão engraçado, tem tanto interesse e faz-me tão feliz. É por ele ser meu filho e por eu ser mãe dele que tudo é escrito com tanto amor, mesmo as coisas menos boas. 
É por ele ser meu filho que ralho, mas vibro, quando ele tenta despejar uma embalagem de soro fisiológico nos meus sapatos ou quando ele desenrola um rolo de papel higiénico em 2 segundos. É por ele ser meu filho que adoro: Quando me pergunta "então, não estás a ouvir", depois de falar para mim e eu não lhe responder; Quando me pede desculpa; Quando me diz que temos de comprar um cavalo à prima, na noite em que me zanguei com ele porque ele lhe bateu; Quando não dorme com a chucha há uns dias, porque a chucha branca está rota e a verde "desapareceu"; Quando me diz que tenho de comprar outra chucha; Quando me pede para dormir na cama nova; Quando imita o Lobo Mau da história "Os três porquinhos"; Quando simula que anda de skate; Quando descasca e come a banana às escondidas; Quando enxota as moscas; Quando tenta calçar as pantufas; Quando calça as botas da prima e parece o Gato das Botas; Quando faz da barra protetora da cama um cavalo; Quando me chama e o encontro escondido (mal escondido), encolhido, dentro da arca dos brinquedos; Quando me pede para ouvir o "Fungagá da bicharada"; Quando pede para colocarmos o redutor na sanita porque quer fazer chichi; Quando faz chichi na sanita; Quando vê a prima e grita de felicidade; Quando vê a prima a abraçar a avó e abraça-a também; Quando dormimos juntos (sempre) e me abraça durante a noite; Quando ele sorri. Bolas, quando ele sorri nasce o sol! E quando ele diz "gosto de ti"!? Gosto muito quando me dizem que gostam de mim, mas quando é ele a dizer-me... Gosto muito, muito mais.
Isto tem tudo muita graça, não há qualquer dúvida, mas é para mim. E um dia, quem sabe, para ele.

sexta-feira, 27 de novembro de 2015

27 de Novembro: o dia 27, seja lá de que mês for, é sempre especial

Duas meninas lindas que fazem anos hoje. Duas crianças que adoro, não fossem elas filhas de quem são. Dois presentes, um para cada uma das mães. Duas dádivas. Sentir alegria duas vezes por receber, neste dia, a notícia do nascimento. Dois seres a quem desejo muito, muito bem. Duas princesas aguardadas com euforia. Duas vezes parabéns e votos de felicidades para e por elas.
Lembro-me do dia em que cada uma nasceu - uma nasceu numa sexta feira, a outra numa terça feira; coincidência, os meus amores, a minha sobrinha e o meu filho, também nasceram nestes dias da semana, ela numa terça feira, ele numa sexta feira. Lembro-me de visitá-las ainda na maternidade (que penetra). Lembro-me de alguns trejeitos de cada uma. Lembro-me dos caracóis selvagens de uma e do cabelo dourado da outra. Lembro-me de começar a comemorar (beber caipirinhas, portanto) a chegada da primeira mesmo sem saber que ela estava prestes a nascer. Lembro-me que o nascimento da segunda renovou-me a esperança que estava meio perdida.
Uma delas tem, hoje, o dobro da idade da outra. Ou uma delas tem, hoje, metade da idade da outra. 3 e 6 anos celebrados neste dia 27 de 2015. Uma é loira, a outra é morena. As duas são lindas de "morrer", deve ser do dia do nascimento. E eu, por vezes, "morro" de saudades das mães destas duas princesas e do tempo que já não volta.


Créditos de imagem: Malaquite Ilustrations

Hoje, não caminham nem brincam de mãos dadas, uma vez que há um mar de distância a separar-vos, no entanto, nesta data, imagino-vos sempre juntas; não só porque partilham este dia, mas também porque o bem que vos desejo tem a mesma medida: é infinito.
Parabéns às filhas e parabéns aos pais pelo presente que receberam nesta data, 27 de Novembro. 

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

O mundo ao contrário

Ando para aqui a ensinar-te que não se bate; que devemos partilhar o que temos; que devemos dar abraços e beijinhos em vez de palmadas; que as pessoas ficam felizes quando lhes dás beijinhos e abraços e quando lhes sorris e dizes "Olá"; que és importante e amado; que podes sentir medo, mas que é importante que aprendas a enfrentá-lo, temos de arriscar para alcançar; que devemos ser verdadeiros connosco e com os outros; que devemos respeitar os outros e a sua natureza; que é bom ajudar os outros... E o mundo continua a contrariar tudo o que te quero transmitir; o mundo de hoje é, precisamente, o contrário do que procuro ensinar-te. Tantos a levantar a voz contra ajudar os outros; tantos a desrespeitar os outros; tantos a ver só um lado da moeda - o seu; tantos a matar em vez de abraçar e sorrir; tantos com medo; tantos a odiar em vez de amar. Desejo que ouças falar do que se está a passar no mundo numa aula de História. Que faça parte do passado; que mesmo recente, seja, definitivamente, passado.
Não me interessa saber qual é a raça ou a nacionalidade de cada bebé que vive no meu país, são todos bebés, são crianças como a minha. Talvez fosse preferível a raça/nacionalidade de cada um não ser reconhecível: nem através da fisionomia, nem através do vestuário, nem através dos costumes, nem através de documentos identificativos. Mas porque não? Que graça teria olhar à nossa volta e ver apenas o reflexo de nós mesmos? O que é que teríamos para aprender? Que experiências teríamos para partilhar? Não podemos ter medo, certo? Temos de respeitar as diferenças, não é? Então, resta-nos assumir que somos todos diferentes. Há coisas em comum, sempre haverão, mas no geral somos mesmo todos diferentes. Faremos sempre parte de alguns grupos e seremos sempre excluídos de outros. Assim é a vida, assim é a natureza. O que pode acontecer é que, por vezes, deixamos de pertencer a determinados grupos por reconhecer que existem outros melhores. 
Já que há tantas coisas neste mundo que são exatamente o contrário do que te quero transmitir, então, também há finais de histórias conhecidas que quero contrariar. No final da história contada por mim, o Lobo Mau passa a ser apenas Lobo, aprende a caminhar ao lado da Capuchinho Vermelho sem segundas intenções, sem ameaças, sem outro propósito que não o de caminhar e usufruir do caminho. 

Créditos de imagem: ILUSTRANA

Filho, não tenhas medo de ser diferente. Não tenhas medo de quem é diferente. Não tenhas medo de ir e vir, desde que o ir e vir não prejudique ninguém. Não tenhas medo de caminhar entre a multidão e de abraçares quem quiseres. Não tenhas medo de dizer o que pensas, o que gostas e o que não gostas. Não tenhas, nunca, medo de viver. Sê livre, com deveres cumpridos de forma espontânea, com direitos gozados, com alegria, com confiança, com respeito por ti e pelos outros, com a consciência tranquila. Vive bem, meu amor. Como alguém desejou um dia, tem um destino bonito. Vive sem medo.

domingo, 22 de novembro de 2015

Reflexões profundas (ou não) #11 - A Era do Pai

Oh gente enganadora, com que então os rapazes preferem sempre as mães! Tenho a dizer que a Era do Pai teve início lá em casa. Quer o pai, quer ir na carrinha do pai, quer que o pai o vista, quer brincar com o pai, quer comer com o pai, quer fazer chichi com o pai, quer que seja o pai a tirar-lhe os macacos do nariz, quer que o pai lhe tire a fralda cheia de cocó (yupiiiiiii), quer perfume como o pai, quer colocar os óculos porque o pai leva óculos. Não quer a mãe. Já me mandou, inclusive, para a casa do vento... Perguntei-lhe se queria mesmo que eu fosse para a dita casa (é que nem sei onde vive o vento); disse-lhe que, assim sendo, ia. Ele respondeu que não (yupiiiiiii). Posso ir de férias, é isso? Não estava preparada para isto. Acho que é normal, mas não estava à espera, o que é que querem!?
Vá lá que na única noite em que o deixámos a dormir sozinho no quarto dele, ele chamou pela MÃE!!! Ah, um dia desta semana, em que o fui deixar à Ama à hora de almoço, também não me queria deixar e acordou da sesta a chamar por mim. Hajam prémios de consolação para a mãe. E vivas à Era do Pai. :) 

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Ser velho e outras coisas

No outro dia, falava com alguém sobre outro alguém bem mais velho do que nós que tem Alzheimer. Já ouvi e falei sobre isto várias vezes, mas não de forma aprofundada. Naquele dia, não sei porquê, senti um aperto no peito ao falar daquela senhora velha (que nem sequer conheço) que não se lembra do passado, que não reconhece os filhos, que é vazia de recordações. Pensei em voz alta na aflição que deve ser ter aquela doença. Perante estes pensamentos, a pessoa com quem dialogava respondeu: Ela não sofre, ela não se lembra. 
Esta resposta só me inquietou ainda mais. Ela não sofre. Ela não tem saudades de quem não se lembra. Não guarda mágoa de quem a magoou. Não sente falta do que a sua mente não recorda. Então, o que é que ela é? Uma pessoa sem passado? Um DVD sem nenhum filme para ver? Uma máquina fotográfica sem cartão de memória? Um livro sem história, feito de páginas em branco? E o que é que vai recordar nos últimos minutos de vida? E para onde foram as vitórias que alcançou e as dificuldades que enfrentou que, para ela, nem uma miragem são? E a vida? E a vida que ela teve? E o amor? Ela lembrar-se-á do que é o amor? E guardará amizade por alguém?
O facto de não reconhecer os filhos e não sorrir pelo maior amor que se pode sentir foi, sem dúvida, o que mais me inquietou. Não é de ser velho que se tem medo, é das outras coisas. 

Reflexões profundas (ou não) #10 - A enganar o miúdo desde 2013

Como é que eu explico a um miúdo de 2 anos que a versão original do José Barata Moura é "Olha a bola Manel" e não "Olha a bola Mateus"? Eu adaptei a versão original à realidade lá de casa, cantava-lhe esta última versão quando ele era bebé. Agora é ele que a canta... Resta-me esperar que ele descubra sozinho e que me processe se achar que é caso para isso.

terça-feira, 17 de novembro de 2015

No "quintal" da tua antiga casa

Vivias em Lisboa quando decidiste regressar ao teu país. Nunca senti que fosse uma escolha tua, uma vontade sentida. Senti-te muitas vezes com saudades dos teus, mas não me lembro de ver aquele brilhozinho nos olhos quando falavas em regressar. Acho que foi o facto de termos ficado desempregadas, a falta de oportunidades e a desesperança que ditaram o teu regresso. O vosso regresso. Tenho pena. Já não estavas cá quando o meu filho nasceu, logo tu que torceste tanto para que eu tivesse um bebé. Disseste-me muitas vezes, muito antes de eu decidir ser mãe, que devia ter um filho logo, que seria uma excelente mãe e que adoraria a experiência. Não te enganaste. Adoro ser mãe. Sempre te admirei, mas foi precisamente no papel de mãe que a minha admiração por ti despoletou. Hoje, queria ter-te mais perto, convidar-te para um almoço, ver-te chegar a um qualquer café de Lisboa, falar sobre os miúdos (os teus e o meu). Hoje, queria coisas simples, mas impossíveis, pelo menos para já.
Vivias perto da Gulbenkian, costumavas dizer que aquele Jardim era o quintal da tua casa. Que privilégio ter aquele quintal. Que privilégio estar a 5 minutos a pé daquela paz e poder usufruir daquela natureza. Era o teu quintal, eu fui lá no Sábado passado e lembrei-me de ti; eu e o meu filho, só os dois; fomos almoçar ao vegetariano que me apresentaste, lembras-te? E depois, andámos por lá a passear e a traquinar. Ele, para além da longa caminhada que o fez dormir uma sesta de 4 horas, fez das suas: Disse-lhe baixinho que queria ir à casa de banho, intenção esta que ele replicou em alta voz, de forma aldrabada, quando passámos por dois polícias: "a mamã quer fazer cocó"; olhámos para a escultura de Apolo e ele perguntou, com o dedo em riste, "o que é aquilo" e concluiu em voz alta que "aquilo" é a pilinha - ora que porra, se sabia porque é que perguntou; andou por lá aos pontapés a uma bola, numa das vezes aquele círculo perfeito que rebola foi travado por um "montinho" de dejetos (não sei se de cão, se de gato, se de quê); tentei fingir que aquela bola não era nossa, que tinha fugido, que o cão a tinha levado, mas ele quis a bola; o raio da bola, depois de "higienizada" com toalhitas, voltou connosco; molhou a camisola num chafariz; não se atirou para dentro de nenhum lago por sorte; mas apanhou e atirou pedrinhas com entusiasmo e com um sorriso nos olhos. Ele sim, com aquele brilhozinho nos olhos que não vi em ti quando partiste de cá. Espero que já o tenhas recuperado.
Hoje, partilho isto contigo, desta forma, porque não to consigo dizer pessoalmente na área da restauração das Twin Towers (Sete Rios) à hora de almoço... Lembras-te? Eu, tu e elas! Hoje, partilho isto contigo, desta forma, porque, como canta Sérgio Godinho, "há uns anos fiz um amigo e coisa mais preciosa no mundo não há". Saudades de ti.

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Nos últimos dias...

Terminámos a semana passada com uma ida ao parque. Começámos o fim de semana passado com uma ida à Quinta. Iniciámos a semana com uma gripe. Terminamos esta semana com vontade de aproveitar o bom tempo que se faz sentir. Chamam-lhe o Verão de S. Martinho. 
Dizes muitas coisas, as tuas frases são mais completas. Argumentas. Defendes-te das acusações. Pedes "escupa" com o charme que te caracteriza e eu tento ser firme e resistir. Continuas a não conseguir verbalizar as frustrações, por isso a tua mão salta para a frente com muita facilidade quando as coisas não correm como esperas, no entanto, por vezes, consigo intervir a tempo, de maneira a perguntar-te se estás chateado, de maneira a que me digas com palavras o que te chateia. Quando te estou a vestir e te chateias, levantas a mão na minha direção. Agarro-a, olho-te nos olhos e digo que não, digo que isso não se faz. Tu evitas olhar-me nos olhos, reconheces que fazes mal e pedes-me desculpa. Eu digo que estou chateada contigo, mantenho um ar sério e continuo a vestir-te. Só depois de terminar o que tenho a fazer é que volto a conversar contigo. Tu , entretanto, olhas-me com atenção, tentas meter conversa comigo, falas de outras coisas. Eu resisto e no final arremato com "agora já está, não era necessário ter-me zangado contigo, sabes que a mãe tinha mesmo de te vestir, não sabes?". Eu desculpo-te, fazemos as pazes. Acho que percebes a mensagem. Às vezes verbalizo: Não gosto do que tu fizeste, mas gosto de ti.
Quando me zango contigo de manhã dizes que queres a Carmo. Espertalhão. Ela foi contigo ao parque, puxaste um brinquedo das mãos de uma amiga até consegui-lo, até magoá-la. Perguntei-te o que tinha acontecido, respondeste que fizeste mal e que a menina estava a chorar. Pedi-te para lhe pedires desculpa e para lhe dares um beijinho quando a encontrasses. Não sei se te vais lembrar, acho que isto tem de ser feito na hora.
Continuas a não ser muito adepto de beijinhos, mas, com jeito e paciência, já vais dando beijos e abraços. Às vezes, não muitas, dizes "Olá" a desconhecidos, eles olham-te, cumprimentam-te e sorriem. 
Na visita à quinta tirámos algumas fotografias. Ao olhar para elas no visor do telemóvel reparei que cresceste muito. Eu, que até acho que aproveito bem o tempo contigo e que te acompanho, de repente achei que tinha perdido alguma coisa. Do Verão até agora tiveste um pico de crescimento, pelo menos para mim.
Na quarta feira subimos a Avenida grande da nossa terra a pé. Corrias, escondias-te, aparecias e corrias na minha direção. Eu baixava-me e recebia-te de braços abertos.
Tu seduzes-nos com o teu sorriso, com o brilho do teu olhar vivo e com o teu ar traquina. Nós não te resistimos. Quando não acordas sozinho, acordamos-te com beijinhos, festas e olhares apaixonados. Continuamos apaixonados por ti, a verdade é essa. Acho que todos os pais sentem isto (ou quase todos). E ainda bem.
Fim de semana estamos a caminho e queremos aproveitar-te. Sol mantém-te por cá.

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Olá Novembro de 2015

Dá-me hipótese de apanhar folhas e bolotas. De fazer pinturas e colagens. De beber chá quente e sorrir. De andar à chuva de mão dada com o meu filho. De curar a gripe. De serenar. De ir à escola. De brincar. De brindar. De ir ao cinema. De contemplar a natureza de coração cheio. De preparar Dezembro. De ser Feliz.


Créditos de imagem: M.O.D

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Adeus meu "querido" mês de Outubro

Tu, Outubro, sabes bem que não és um mês querido. Este ano não foi diferente, no entanto, não te dou assim tanta importância desde que o meu filho nasceu. Valores mais altos se levantam, já sabes.
Comemorei o Halloween de forma muito simples, com um filho mascarado, num almoço com um grupo de amigos, organizado para o efeito. Ele correu, brincou e embirrou. Podia ser um almoço por outro motivo qualquer, mas havendo uma comemoração no calendário, aproveitá-mo-la.
Levámos 3 folhas grandes de papel e colá-mo-las na parede do restaurante. Os miúdos desenharam, pintaram e riscaram - dependendo da idade, já se sabe, cada um fez o que quis e o que foi capaz. Levámos brinquedos, uma mesa e cadeiras à medida dos petizes. Conclusões óbvias:
- Todos querem o mesmo brinquedo, à mesma hora. É matemático. 
- As miúdas querem sempre o prato cor de rosa, em havendo só um, é preferível escondê-lo. 
- O carro que está na mão do vizinho é sempre melhor do que o meu. O objetivo da brincadeira é conseguir tirar os brinquedos que os outros têm na mão. E, eventualmente, evitar que me tirem o que tenho na minha.
- Se me tiram um brinquedo da mão/se quiserem o mesmo que eu, ofereço uma chapada. Ou choro. Ou grito. Ou esperneio. Vale tudo.
- É impossível almoçar calmamente, pelo menos os pais dos miúdos que têm entre 2 e 4 anos.
- É impossível manter uma conversa com uma duração superior a dois minutos.
- E combinar um almoço para os miúdos sem os miúdos!? Hã!? Boa ideia. Estou a brincar... Ou não. Nunca se saberá.
- Todos as crianças fazem traquinices - que inteligente que eu sou, ainda me arrisco a receber algum prémio por este desabafo... é óbvio, é apenas para relembrar este facto a mim mesma - e ainda bem.

Há quem chame ao dia 31 de Outubro o Dia das Bruxas. Concordo. Ou melhor, não concordo. Todo os dias do mês de Outubro foram dias de bruxas. No creo en brujas, pero que las hay, las hay!
Devem haver outras coisas para dizer em relação a Outubro de 2015, mas tenho pressa em despedir-me dele. Adeus Outubro, "baza".

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Projeto 12: Um pequeno (pequeníssimo) contributo para um mundo melhor, todos os meses, de Outubro 15 a Setembro 16

Filho, no seguimento da carta que escrevi por ocasião do teu 2º aniversário, decidi que quero, para já, realizar 12 pequenas ações que marquem a diferença até completares 3 anos de vida. Não serão grandes feitos, serão apenas pequenas atitudes que, espero, se tornem um exemplo para ti. São valores que quero transmitir pelo exemplo. E o exemplo começa agora. São pequenas decisões que podem marcar a diferença na nossa forma de estar na vida perante determinadas situações. São escolhas. São pequenas coisas que não fazemos com a regularidade que podíamos e/ou devíamos, porque, simplesmente, não refletimos sobre elas. São pequenas partes do mundo que quero mudar/melhorar.
A pequena ação do mês de Outubro foi muito simples. No dia do teu aniversário ofereceram-te dois brinquedos iguais. Numa situação normal, pegaríamos num deles, com o respetivo talão de compra, e rumaríamos à loja para trocá-lo. Preferimos não fazê-lo. Conversei com o pai e sugeri que oferecêssemos aquele presente a uma criança que não recebe brinquedos com a mesma regularidade com que tu recebes. Ele concordou. Àquele presente juntou-se um outro que, não sendo repetido, é muito semelhante a um que já tens. Vamos oferecer 2 presentes que não tiveram qualquer custo para nós, agimos apenas de forma diferente do habitual. Inicialmente, até ponderei trocar aquele brinquedo por um puzzle, mas quando quiser e puder compro-te um. Para ti, filho, mais um brinquedo ou menos um brinquedo não fará diferença, para outra criança, certamente, fará.

O título deste pequeno projeto pessoal é inspirado no título de um projeto de fotografia - cujo objetivo é fotografar os filhos, uma vez por semana, todas as semanas durante um ano. Talvez, daqui a algum tempo, eu consiga realizar uma pequena ação todas as semanas; talvez eu consiga "fotografar" uma pequena ação todas as semanas. Por agora, vamos tentar "fotografar" uma pequena ação todos os meses e, se possível, envolver-te.
É claro que tenho em consideração que tens apenas 2 anos. O teu entendimento em relação a determinadas coisas é, por enquanto, limitado. Não pretendo realçar as coisas menos boas que o nosso mundo contém, tu terás tempo para descobri-las. Pretendo, pelo contrário, dizer-te que há muitas coisas boas e podem existir muitas mais - imagina que muitos começam a fazer 12 pequenas ações (alguns já fazem muito mais). A verdade é que quero um mundo melhor para ti. Acredito que tudo pode ser melhor, depende de cada um de nós. É só isto que quero transmitir-te.


Créditos de imagem: Wishªcolor


Desejo, com todo o meu amor, um mundo melhor para ti. Desejo, simplesmente, um lugar melhor para nós (todos).