quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Nos últimos dias...

- O meu filho já convida amigos para jantar. Agora teima em levar o Pirata e o Peter Pan para a mesa, faz-me pôr uma colher de sopa numa tigela pequena e dá comer aos amigos. Se decido que terminou a brincadeira (a bagunça), ele chora. Muito. Com lágrimas e tudo. 
Começaram por ser amigos do banho, passaram a comer connosco à mesa e, agora, já dormem na nossa cama. O que é que se segue?
- Do alto do nosso terceiro andar, pela janela do quarto, descobre que o carro da tia está lá em baixo e grita "Olha, popó da tia". Como é que é possível ele reconhecer o carro da tia? Lembro-me de ir passear com o meu afilhado, ele era pequenino, olhava para os símbolos e dizia-me as marcas dos carros. Já eu, com esta idade, tenho de pensar bem qual é a marca do carro da minha irmã. E da minha mãe. E de qualquer pessoa. Sei qual é a marca do nosso e é uma sorte.
- Adora ver garagens. Fica eufórico quando vê aquela porta grande e imponente a abrir, quando vê os carros saírem lá de dentro. Relativamente a algumas garagens, diz que os carros sobem a rampa e vão para a estrada.
- Vamos ao parque, empoleira-se no escorrega grande e chama pela prima e pela tia. Depois diz que não estão cá, que estão em Lisboa.
- Nos últimos dias o pai retira-o da cadeira que está na carrinha e coloca-o ao volante. Ele mexe nos botões do rádio, no volante, nos piscas, nos botões do pára brisas e buzina. É uma festa.
- Pergunta repetidamente: Como chamas? Eu digo o meu primeiro nome, ele diz o segundo.
- Não quer ir para casa, por ele estávamos sempre na rua. Culpa minha.
- Fala ao telefone com o avô, diz que ele tem bigode.
- Anda louco com os comboios, adora ir vê-los à estação.
- Eu ando louca com ele, adoro-o! Cada vez mais.

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